Em espaço público pelas causas coletivas!

  • Postado em 12/05/2012   por: Admin   Categoria:

Ocupação do Largo Glênio Peres no diA dA fEStA dA bIOdiVErSIDadE de 2011.

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No dia 24 de maio acontecerá a 6ª Festa da Biodiversidade no Largo Glênio Peres. É a principal atividade da Semana da Biodiversidade, que desde 2007 é organizada por diversos coletivos, com a proposta de celebrar as lutas pela biodiversidade, compreendidas não somente pelo viés biológico, mas como toda a diversidade de manifestações sociais, culturais e ambientais.

É um espaço de resistência e educação, que promove o encontro entre a população da cidade com pessoas e organizações que trabalham por causas coletivas de interesse público, como condição para construir o mundo justo e solidário que muitos sonham, mas que ainda poucos ousam construir.

Amilton, guardião das sementes Crioulas participando no diA DA fESTa dA bIOdiVERsiDAdE.

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Durante todo o dia atividades como oficinas, mostras, exposições dos trabalhos dos grupos, teatro, roda de capoeira, mutirão e outras trocas espontâneas tomam conta da rua.

PaRticipE!

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hiStÓriCo do diA da BIOdiveRSidade

O dia da bioDiveRSidade surgiu da crítica à forma como se “comemorava” a semana do meio ambiente. Historicamente essa “comemoração” representava uma apropriação da data por empresas, governos e partidos políticos com o objetivo de fazer marketing verde. Dentro desse quadro, o discurso do movimento ambiental era “dia do meio ambiente: nada a comemorar”.

Em 2007, diversos coletivos se juntaram para estragar essa festa. Naquele ano a ONU instituiu o dia internacional da biodiversidade, que foi subvertido por esses coletivos e movimentos, contrabandeando temas que não aparecem na grande mídia. Esse momento histórico representou uma mudança na luta ambiental, que passou a ser debatida dentro dos mais diversos movimentos sociais e coletivos.

População que circula pelo largo Glênio Peres e participa do dia da fESTa.

Então surge o dia da bioDiveRSidade, para manifestar e festejar as lutas pela biodiversidade. Esta biodiversidade que é compreendida não somente pelo viés biológico, mas como toda a diversidade de manifestações sociais e culturais que buscam contrapor a força homogeneizante do sistema capitalista.

A escolha do Largo Glênio Peres representou um deslocamento da tentativa de diálogo. A manifestação não seria realizada na Redenção, no Moinhos de Ventos, ou em frente a prédios públicos ou de grandes empresas, mas no centro da capital gaúcha, voltada à população trabalhadora de Porto Alegre.

Uma das formas de comunicação desses coletivos com a população é através da feira, onde essa diversidade de grupos não precisa dizer apenas uma coisa, mas se expressar nas suas mais distintas formas, buscando diálogos.

Nos materiais de divulgação não aparecem os logos dos grupos que organizam ou financiam, pois o que importa é construir uma identidade coletiva. O desafio é construir movimento a partir da diversidade de coletivos e não mais a partir da tentativa da hegemonia de poucos. Esse processo muda a cultura política de relação entre os grupos, pois o que está em pauta não é disputar essa hegemonia, mas aprender a construir coletivamente. E este processo transforma os coletivos.

Essa articulação não permite governos, partidos políticos ou empresas. A decisão representa a tentativa de fazer outro tipo de política, que tem sido marca dessa grande diversidade de coletivos surgidos em Porto Alegre. Cada um deles se ativa por lutas bem distintas, mas se encontram uma vez ao ano para buscar convergências e fortalecer a trama das redes nas quais estão inseridos. Alguns só se encontram nesse dia. Outros já passaram a conviver cotidianamente em ações e espaços conjuntos.

Dessa forma, o dia da bioDiveRSidade, que no calendário marca 22 de maio, aqui em Porto Alegre tornou-se uma semana de agitação. O ápice tem sido a Feira da Biodiversidade, mas a programação é intensa durante toda a semana. A forma da seMana da bioDiveRSidade é esta, mas o conteúdo precisa ser construído a cada ano pelos coletivos que se envolvem.

ColEtivOs da BIOdiveRSidade:

Amigos da Terra Brasil

ANAMA – Ação Nascente Maquiné

Associação de Moradores São Judas Tadeu

Associação de Mulheres Vitória Régia

Cambada em Ação Direta Levanta Favela

Camboim – Coletivo de Educadores

CaSatieRRa

Cinturão Verde

Coletivo Catarse

Comitê Popular da Copa

COMPAZ – Comunidade Morada da Paz

Comunidade Autônoma Utopia e Luta

Confeitaria Brasil

CulturArtivista

DAIB –UFRGS

Dionísios

Econsciência

Ecoecoa Editora Educadora Libertária

Escola do Beabá de Angola Malta dos Guris e Gurias de Rua

Expressão Popular

GARRA – Grupo de Apoio a Reforma Agrária

Grupo de Capoeira Angola Zimba

Grupo UVAIA

Grupo Viveiros Comunitários

Guaiy

InGá – Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais

Maracatu Truvão

Movimento Zeitgeist

NegrArte – Artesanatos Ecológicos e Cachacinhas Artesanais

Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo

Ponto de Cultura Ventre Livre

Princípio Ativo

Programa Macacos Urbanos

Rizoma Cooperativa

RODA – Rede Orientada ao Desenvolvimento da Agroecologia

Senda Viva

SOS Rio Uruguai

TV Nagô

Vanguarda Abolicionista

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