InGá é selecionado em edital para Ponto de Cultura

  • Postado em 07/05/2013   por: Admin   Categoria:

O Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais, no ano passado, submeteu projeto ao edital de chamamento e seleção de entidades para o desenvolvimento da “Rede RS de Pontos de Cultura”. O resultado publicado no dia 23 de abril mostrou sucesso. Como é explicado no documento encaminhado “pode-se dizer que este é um projeto que nasce primeiro na prática para depois ser colocado no papel”.  A ideia do Ponto de PermaCultura do Arvoredo é consolidar e expandir práticas e ações que a ONG e a Comunidade do Arvoredo (onde está a sua sede) já realizam desde 2008 no centro histórico de Porto Alegre.

Para Mateus da Silva, morador da comuna e membro do InGá, “a comunidade – como Ponto de Cultura reconhecido pela sociedade e agora pelo Estado, tem a chance de ancorar novo marco histórico de influência alternativa à sociedade riograndense e outros territórios. O ponto vai trabalhar com diversas perspectivas: a alimentação, saúde integral, coletividade, americanidades, africanidades, bicicleta e mobilidade urbana, arte,  ativismo, permacultura, agricultura urbana, manejo e destino de resíduos e sustentabilidade ecológica. Também vai promover a economia solidária, comunicação livre e os direitos humanos”.

O coordenador geral do InGá, Vicente Medaglia, aponta que o “projeto irá proporcionar reconhecimento e recursos para uma nova fase do InGá e da Comuna do Arvoredo. Teremos melhores equipamentos e mais recurso para aprofundar um trabalho que já está em curso”.

A espinha dorsal do Ponto de PermaCultura do Arvoredo é a realização de duas edições de uma Formação em Permacultura e Educação Popular com carga-horária de 100 horas cada. O curso vai ser destinado à representantes de ongs, movimentos da sociedade civil, povos tradicionais, membros de outros pontos de cultura e professores da rede municipal de ensino de Porto Alegre. A ideia é que cada participante traga para o coletivo do curso a sua experiência como ativista de uma organização social. Nesse sentido, o curso se denominará “PerCurso” – ou seja, um curso que é produzido participativamente no transcorrer de sua realização.

Além do PerCurso, vão ser oferecidas diversas outras atividades, como oficinas de permacultura, sustentabilidade no dia a dia e africanidade. Também haverá a continuidade do Cine Casarinho, do Sarau do Casarinho e o Biodiversidade em Foco – evento de debate e consciência de cultura  e política socioambiental. Vai ser criada uma feira de trocas com vitrine virtual, promovendo a economia solidária. O ponto de PermaCultura do Arvoredo também produzirá uma série de produtos de comunicação como, blog, redes sociais, fotos, cartazes e vídeos. Por fim, vai ser publicado um livro com a  síntese dos conhecimentos dos PerCursos.

Parcerias

O trabalho de construção do projeto do ponto foi um trabalho coletivo de idealizar uma forma efetiva de utilização do recurso público através da ideologia do InGá. O Ponto vai funcionar com a parceria de diversos grupos, como o Camboim Coletivo de Educadoras e Educadores, a Editora Educadora Ecoaecoa, a Escola do Bê-a-Bá de Angola da Malta dos Guris e Gurias de Rua, o Brechó Traças, adeus!, o Instituto Arca Verde, o Sítio do Tao, o teatro de grupo Povo da Rua, a Caverna Sagrada – Laboratório Experimental Alquímico e oGrupo de Apoio Político Pedagógico (GAPP) da Diretoria Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre, vão ser parceiros da rede.

Permacultura

Um dos destaques do Ponto é o objetivo de popularizar a permacultura, que é uma concepção que integra a sabedoria ancestral e a ciência ecológica moderna para o desenvolvimento de sistemas de vida sustentável no campo e na cidade. A Permacultura traz a ideia de apoderamento do cidadão para ele se tornar atuante e responsável na sociedade em que vive e na que quer viver. A permacultura enxerga a sustentabilidade como um termo que define não só a percepção ecológica mas também as dimensões culturais, sociais, espirituais e econômicas que abrangem a vida, afim de criar ferramentas que visam a construção de uma sociedade resiliente, ou seja, que tenha capacidade de adaptar-se e reestruturar-se frente às mudanças.  Para uma sociedade mais sustentável e pacífica.

Além deste projeto, vários parceiros do InGá e da Comuna também aprovaram no mesmo Edital, como o Coletivo Catarse, o Quilombo do Sopapo, a Comunidade Morada da Paz, a Escola Africanamente, a Coperativa Univens e a Feira dos Agricultores Ecologistas.

“O InGá e a comunidade do Arvoredo “entupida de alegria” agradecem o reconhecimento e convida a todxs camaradas a se aproximarem da roda nesta momento tão importante!”

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