Prefeito de Derrubadas, RS, sugere a viabilização de outras alternativas energéticas para o AHE Garabi-Panambi

  • Postado em 02/03/2014   por: Admin   Categoria:
Fonte: Agostinho Piovesan do site Noroestenoticias

Salto do Yucumã no Parque Estadual do Turvo em Derrubadas. Foto: Trespassos News

Construção de hidrelétricas no rio Uruguai afeta Salto do Yucumã

“A construção de mega empreendimentos hidrelétricos no rio Uruguai está afetando o meio ambiente e coloca em risco a beleza e a vida do Salto de Yucumã, que é a maior queda d´água longitudinal do mundo”. O alerta é do presidente do Consórcio Municipal de Turísmo Rota do Yucumã e também prefeito de Derrubadas, Almir Bagega. Ele afirma que já ocorre uma mudança significativa no rio Uruguai, a partir do funcionamento das usinas Foz do Chapecó, Itá e Machadinho, empreendimento que estão situados acima do Salto de Yucumã.

“A vida e a vazão do rio estão alterados, pois o normal é que o leito tenha maior vazão em períodos de muita chuva e nível baixo em períodos de estiagem, mas o que se vê não é bem isso”, observa. Bagega disse que ocorre a retenção de água nos reservatórios das usinas e quando menos se espera as comportas são abertas, situação que altera a vida do rio, prejudica o meio ambiente e a própria sobrevivência dos pescadores.

Segundo o prefeito, neste período de pouca chuva, tradicionalmente Derrubadas, onde está situação o Parque do Turvo e nele o Salto de Yucumã, os turistas chegam no município para apreciar a queda de água num paredão que possui 1,8 km de extensão. “No entanto percebemos que o nível da água do rio está elevado, em razão da abertura sem controle das comportas das usinas”, reclama.

Em relação à construção das usinas de Garabi, Panambi e Itapiranga, o temor é que a partir das formação dos lagos boa parte do salto seja coberto pelas águas. “Estudos indicam que 60 hectares de vegetação nativa protegida por lei, do Parque do Turvo, serão encobertas pela água”, afirma. O Parque Estadual do Turvo possui 17 mil hectares de mata nativa. Ele sugere a viabilização outras alternativas, como a energia solar e eólica.

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