A IMPORTÂNCIA DE SE RECONHECER LISTAS DE ESPÉCIES AMEAÇADAS EM NÍVEL MUNICIPAL.

Por Paulo Brack.

No município do Rio de Janeiro, a Secretaria de Meio Ambiente publicou em agosto de 2022 a atualização das Listas de Flora e Fauna Ameaçadas de Extinção. No caso de Porto Alegre, a Câmara Tecnica de Legislação Ambiental do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Porto Alegre (COMAM), as entidades TodaVida, Fiergs, SMAMUS e OAB encaminharam pedido de arquivamento de proposta de reconhecimento, pelo COMAM, da ocorrência, em habitas naturais, da Flora Ameaçada e Rara de Extinção de Porto Alegre, para ser deliberada em reunião de 29 de setembro de 2022. Neste caso, um trabalho de 6 anos, e que reuniu 14 especialistas e várias estagiárias e colaboradores, identificou, com registros, 80 espécies da flora ameaçada do RS com ocorrências em Porto Alegre, na maior parte em morros, em um tema urgente e desconhecido da maioria. Duas espécies são endêmicas e exclusivas de nosso município, ocorrendo principalmente nos morros São Pedro e Santa Teresa ou margem do Guaíba. O mero arquivamento é solução? Por que municípios como Rio de Janeiro, Natal, Pelotas, São Paulo têm listas reconhecidas, por diversos instrumentos oficiais, por parte de suas secretarias de Meio Ambiente e Prefeitura, e em Porto Alegre este assunto vai para arquivamento? O destino de uma possível Lista de Espécies de Fauna Ameaçada em Porto Alegre, no caso do bugio-ruivo (Foto), e seus corredores ecológicos, principalmente na zona sul, será o mesmo?

Texto: Paulo Brack, Doutor em Botânica na UFRGS. Coordenador do Ingá.

Imagem: Disponível em https://www.omniaonline.com.br/municipio-do-rio-de-janeiro

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