Viamão sedia I Seminário de Agroflorestas e II Seminário de Frutas Nativas do RS

  • Postado em 28/11/2012   por: Admin   Categoria:

Mesa de abertura do Evento com representantes de entidades realizadoras e parceiras, como inGá, UFRGS, Embrapa, SDR, MST e Emater.

Na tarde desta quarta-feira (21/11), ocorreu a abertura do I Seminário de Agroflorestas do RS e do II Seminário de Frutas Nativas do RS, no Centro de Formação Sepé Tiaraju, em Viamão. Os eventos, promovidos pela Emater/RS-Ascar, Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Embrapa Clima Temperado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e ONG InGá Estudos Ambientais, com patrocínio do Banrisul, serão realizados até sexta-feira (23/11). Participaram da solenidade de abertura o diretor técnico da Emater/RS, Gervásio Paulus, o diretor do Departamento de Agroindústria Familiar da SDR, José Batista, a engenheira agrônoma do Assentamento Filhos de Sepé, Daiane Mezzonato, a professora do Programa de Pós-Graduação e Desenvolvimento Rural da UFRGS, Gabriela Coelho de Souza, o pesquisador da Embrapa Clima Temperado Joel Cardoso, a representante da ONG InGá, Claudine Abreu, além de estudantes, técnicos e agricultores familiares.

I Seminário de Agroflorestas do RS e II Seminário de Frutas Nativas do RS no Centro de Formação Sepé Tiaraju, em Viamão.

o evento pela Emater/RS-Ascar, Antônio Borba, durante os três dias de programação serão apresentadas experiências em sistemas agroflorestais, segundo quatro eixos temáticos: manejo, beneficiamento, comercialização e formação de redes, construídos a partir de seis eventos regionais ocorridos nos municípios de Canguçu, Sapiranga/Araricá, Morrinhos do Sul, Palmares do Sul, Severiano de Almeida e Porto Alegre.

Durante a solenidade de abertura, o diretor técnico da Emater/RS destacou a importância das parcerias para a realização dos seminários. “Somente através de parcerias é que chegaremos mais longe no que se refere aos sistemas agroflorestais”, disse Paulus. “Esse evento faz parte de um processo de construção e partilha de conhecimento e de reflexão a partir das experiências sistematizadas. Devemos pensar a partir da prática”, concluiu Paulus. Assim como Paulus, a professora da UFRGS também destacou as ações realizadas em parceria. “Graças ao tripé ensino, pesquisa e extensão, aqui representadas por diversas instituições, estamos avançando na temática das agroflorestas e nos sistemas sustentáveis de produção”, frisou Gabriela.

José Batista, da SDR, falou sobre a estrutura da secretaria, os públicos assistidos e os objetivos da pasta. “Não queremos o modelo produtivo vigente. Buscamos a sustentabilidade em todas as nossas ações e, para isso, precisamos fazer do meio rural um espaço com boas condições para se viver”, frisou. Batista citou algumas ações da SDR nesse sentido. “Disponibilizamos aos agricultores familiares cerca de R$ 200 mil para compra de milho crioulo”, citou.

A representante do MST, Daiane Mezzonato, ressaltou o trabalho desenvolvido pelos assentamentos do RS. “Nossa prioridade é a produção de alimentos de qualidade para a população e temos as agroflorestas e toda a produção orgânica e ecológica como metas. Produzimos cerca de 10 mil toneladas de arroz orgânico no Rio Grande do Sul”, disse. Daiane ainda destacou a realização do primeiro seminário estadual voltado às agroflorestas. “É satisfatório sabermos que temos um espaço para discutir um tema tão importante e que para nós do MST é novo. Falar em agrofloresta é falar em uma estratégica de soberania alimentar e produção agroecológica”, frisou.

Público presente - agricultores, técnicos e estudantes - tiveram importante participação para o sucesso do Seminário.

Para Joel Cardoso, da Embrapa, os seminários são importantes para dar visibilidade aos sistemas agroflorestais. “Que sirvam para que a discussão desse tema avance não somente no RS, mas também em todo o Brasil. Devemos debater um modelo para sair dessa crise ambiental que vivemos no momento”, destacou. “Ainda temos muito a crescer em relação a esse tema, inclusive nos centros de pesquisa”, finalizou Cardoso.

Sistemas Agroflorestais
São sistemas produtivos que visam à manutenção e à conservação dos recursos da biodiversidade e o equilíbrio ambiental, congregando a produção de alimentos (grãos, tubérculos, frutas, etc) e de produtos das florestas (madeireiros, como lenha e madeira sólida para construção civil e fabricação de móveis; e não-madeireiros, como plantas bioativas, frutas, sementes, casca de árvores, etc). “É um sistema que busca não apenas o aproveitamento econômico dos recursos naturais, mas principalmente a sinergia entre todas as espécies envolvidas”, explica o engenheiro florestal e coordenador dos seminários pela Emater/RS-Ascar, Antônio Borba.

Adaptado de:

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar
Jornalista Júlio Fiori
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patrocínio do Evento:

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